Coordenadora de Políticas para Mulheres faz balanço positivo do “Agosto Lilás”

Política

Por: Prefeitura de Araraquara

A Prefeitura de Araraquara, por meio da Coordenadoria Executiva de Políticas para as Mulheres, que integra a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Popular, realizou ao longo deste mês o “Agosto Lilás”, campanha que visa promover a conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A ação também teve o propósito de dar visibilidade ao tema e ampliar os conhecimentos sobre os dispositivos legais existentes, assim como auxiliar as mulheres que sofrem essas violências, informando sobre as diversas formas de violência doméstica, sobre os direitos das mulheres e sobre a necessidade da equidade de gênero.

A coordenadora de Políticas para Mulheres, Grasiela Lima, destacou que a mobilização do “Agosto Lilás” deste ano contou com uma programação diversificada, voltada para uma maior conscientização social sobre o grave problema da violência contra as mulheres, especialmente no que se refere às formas de violência tipificadas na Lei Maria da Penha. 

Segundo ela, a partir do lema “Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei. 17 anos da Lei Maria da Penha”, os temas trabalhados durante o mês versaram sobre algumas das questões mais sensíveis demandadas nos atendimentos realizados pelo Centro de Referência da Mulher (CRM) nesses últimos tempos. “Assim, foram destacadas questões voltadas para a violência contra mulheres migrantes e refugiadas, a violência psicológica e os impactos na saúde mental e autoestima das mulheres, a tipificação, efetividade da Lei Maria da Penha na perspectiva das questões de gênero, a interface entre a violência contra as mulheres e o uso abusivo de drogas pelos companheiros, e os impactos da violência contra as mulheres em crianças e adolescentes. Além disso, foi realizado também um curso de formação sobre o ‘Protocolo de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência e Outras Violações de Direitos’ para profissionais dos diferentes serviços que compõem a rede de enfrentamento e atendimento às mulheres vitimizadas em nossa cidade”, comentou.

Ela enalteceu a importância do conteúdo debatido durante a programação. “As rodas de conversa trouxeram importantes contribuições de especialistas com enfoques científicos ou técnicos dos diferentes problemas abordados, assim como visões e depoimentos de muitas mulheres que vivem ou não em situação de violência, o que contribuiu significativamente para a legitimidade das ações propostas. Isto porque foram discutidas possibilidades de aprimoramento ou ampliação das políticas públicas voltadas para o enfrentamento à violência contra as mulheres no município, levando-se em consideração a intersetorialidade e a interseccionalidade”, justificou.  
   
Grasiela também revelou alguns resultados práticos dos debates, como uma parceria com a Coordenadoria de Direitos Humanos em relação às demandas das mulheres imigrantes e refugiadas, a adesão de mais mulheres ao “Grupo Vivência Mulheres – Saúde Mental e Autocuidado”, que acontece às terças-feiras no CRM, a realização de uma audiência pública para discutir e encaminhar as questões relacionadas ao uso abusivo de drogas e as consequências no aumento da violência contra as mulheres, além de ações voltadas para a prevenção à violência de gênero a partir de projetos educativos e de comunicação. “É preciso desnaturalizar a violência contra as mulheres com urgência e enfrentar de forma mais efetiva os preconceitos e o machismo que ainda imperam na sociedade. As denúncias têm aumentado a cada dia, e os casos que chegam ao CRM são cada vez mais graves, o que nos faz concordar plenamente com a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que diz que a prioridade hoje é combater a misoginia, pois o aumento dos comportamentos agressivos, as depreciações e o discurso de ódio contra as mulheres nos últimos anos autorizam o feminicídio, o estupro e a violência contra as mulheres.  É preciso dar um basta”, concluiu a coordenadora.