Mesmo como remaster, Gears of War: Reloaded estabelece base para futuro da série

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Ironicamente, franquia pode seguir caminhos pavimentados por refação do primeiro jogo

Breno Deolindo

Mais do que um remaster extremamente competente, Gears of War: Reloaded pode ser a base para o futuro da franquia como um todo. Pode não fazer muito sentido à primeira vista – afinal, o primeiro Gears está completando 20 anos e há jogos bem mais modernos na série, mas a demonstração do Summer Game Fest deixa claro que a remasterização exalta justamente a essência que precisa ser mantida para os próximos títulos.

Antes de colocarmos as mãos no jogo, os desenvolvedores fizeram uma breve apresentação, onde foi explicado o trabalho realizado em Reloaded. Entre várias e várias melhorias, a síntese era bem nítida: manter o espetáculo visual e, nessa nova etapa, levá-lo para a maior quantidade possível de jogadores.

No primeiro ponto, a apresentação afirmava que manter o alto nível gráfico era uma prioridade desde o início da série. Em Reloaded, isso foi aprofundado aos mínimos detalhes: reflexos, texturas em 4K e iluminação são alguns dos elementos que mais saltam aos olhos na comparação com o jogo original, e também com o remaster anterior, de 2015. Claro, a taxa de 120 fps no multiplayer e 60 fps na campanha também merece ser exaltada.

Falando sobre a disponibilidade para um público mais amplo, a Coalition parece ter tomado os caminhos mais confortáveis para que a experiência de Reloaded seja muito lisa: há cross-play e progressão cruzada entre PC, PlayStation 5 e Xbox Series X. Também é possível obter troféus do jogo no PS5 ao mesmo tempo que se garante conquistas da Xbox Live. Tudo pode ser feito ao vincular a conta Xbox ao PlayStation ou PC, mas vale destacar que essa ação é opcional.

Mas nada disso funcionaria em uma remasterização ruim, e felizmente Reloaded passa longe de merecer essa descrição. É claro, não é como se fosse tão difícil remasterizar Gears 1, uma vez que a parte gráfica estivesse ajustada: este não é um jogo que envelheceu tão mal, e com exceção de um ou outro controle que poderia mudar – e que ainda assim pode ser customizado pelo próprio jogador – a gameplay é bastante satisfatória.

Vale destacar que a experiência ainda é potencializada no PlayStation 5: recursos do DualSense, como gatilhos adaptáveis e feedback háptico, são utilizados no novo jogo, mostrando o interesse real da Coalition na plataforma.

Com lançamento marcado para 26 de agostoGears of War: Reloaded olha para o passado enquanto pavimenta o caminho para o futuro de sua franquia. Manter a essência da excelência gráfica com a acessibilidade maior parecem ser os dois grandes focos da Coalition, e não dá para dizer que a mentalidade está errada.

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