Polícia ainda apura o que causou o envenenamento. Amanda Partata nega ter cometido os crimes.
Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás
O servidor da Polícia Civil Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram vítimas de envenenamento em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a advogada Amanda Partata, que é suspeita do duplo homicídio, estaria fingindo uma gravidez e ameaçando o ex-namorado e a família dele desde junho deste ano – entenda a dinâmica ao fim da reportagem.
As vítimas foram envenenadas no dia 17 de dezembro e morreram no mesmo dia. O g1 não localizou a defesa de Amanda para se manifestar sobre o caso, mas ela negou envolvimento nas mortes. Um vídeo mostra o momento em que ela chega à delegacia, em Goiânia.
Segundo a polícia, a mulher deve responder por duplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e envenenamento.
Envenenamento
O caso começou a ser investigado na segunda-feira (18), após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora comprou o doce para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã de domingo (17). Segundo o delegado Carlos Alfama, Amanda teria comprado biscoito e pão de queijo, suco de uva e bolos no pote.
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram e morreram ainda no domingo. Segundo o boletim, Luzia chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas o quadro clínico já estava bastante agravado.
A Polícia Cívil explicou que a perícia para determinar a causa da morte está sendo feita por critério de eliminação. Com isso, já foram descartadas as possibilidades de uma doença transmitida pelos alimentos consumidos no dia da morte, intoxicação ou infecção alimentar.
Segundo o delegado Carlos Alfama, o descarte dessas possibilidades foi o que levou ao envenenamento.
“A pessoa ingere alimentos e morre, não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? […] a morte foi por envenenamento”, pontuou o delegado.
No entanto, o perito explicou que ainda não se sabe o que causou o envenenamento das vítimas e nem a forma que elas foram envenenadas.
“Estamos realizando a busca pela substância que estava contida nos alimentos. [No entanto], embora tenham sido coletados os alimentos e o suco, ainda existe a possibilidade do envenenamento por outra via”, explicou Olegário.