Tiago Tortella da CNN
Donald Trump está disposto a sacrificar a democracia para voltar ao poder, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, durante discurso nesta sexta-feira (5) na Pensilvânia, marcando o início da campanha eleitoral democrata para a Presidência em 2024.
Biden alegou ainda que a campanha do empresário republicano é “sobre ele, não você; obcecada pelo passado, não pelo futuro”. Segundo destacou o presidente americano, a democracia é a questão mais urgente das eleições de 2024, sendo também a “causa sagrada” do país.
“A defesa, proteção e preservação da democracia permanecerão causa central da minha Presidência”, colocou. “A sua liberdade estará na votação”, destacou em outro ponto.
A fala acontece na véspera do aniversário de três ano da invasão do Capitólio dos Estados Unidos por apoiadores de Donald Trump, que tentaram impedir a certificação da vitória de Biden nas eleições de 2020.
O tema foi abordado pelo presidente, que destacou que “pela primeira vez na história, insurrecionistas tentaram impedir a certificação”. Segundo o democrata, o ex-presidente instigou a multidão a invadir o Capitólio, dizendo que estaria “lado a lado” com eles, mas “como sempre, deixou o trabalho duro para outros”.
Biden também criticou o fato de Trump não ter agido para impedir que seus apoiadores continuassem a invasão.
“Ele recuou para a Casa Branca enquanto a América era atacada por dentro. A nação inteira assistiu com horror. O mundo inteiro assistiu sem acreditar, e Trump não fez nada”, comentou.
O discurso desta sexta-feira (5) marca a primeira aparição pública de Biden neste ano, após passar maior parte de 2023 viajando em eventos oficiais e arrecadando fundos políticos a portas fechadas
Biden ainda viajará para Charleston, na Carolina do Sul, na segunda-feira (8), para falar na Igreja Mother Emanuel AME, uma igreja historicamente negra, onde nove pessoas foram mortas depois que um homem armado abriu fogo contra um grupo de estudo bíblico em 2015.
“Se tratando de supremacistas brancos atacando a histórica cidade americana de Charlottesville; do ataque à capital do nosso país em 6 de janeiro; ou de um supremacista branco assassinando fiéis em Mother Emanuel há quase nove anos, a América está preocupada com o aumento da violência política e determinada para se opor a isso”, pontuou Quentin Fulks, vice-gerente de campanha de Biden-Harris.
*com informações da Reuters e da CNN