Na semana passada, o governo federal anunciou medidas para baratear veículos. O desconto vai variar de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil.
Por g1
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quarta-feira (14) em sua página na internet a lista de montadoras que participam do programa de subsídios de automóveis, e também os modelos contemplados com descontos.
Segundo o governo, nove montadoras aderiam ao programa de carro mais barato lançado pelo governo federal na semana passada. São elas: Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot.
Inicialmente, foram colocados à disposição dos consumidores, para compra com desconto, 233 versões de 31 modelos. Veja abaixo.
Como ficaram os preços
Com a lista divulgada pelo governo, o g1 levantou os novos preços iniciais dos modelos à venda no país. Veja abaixo de quanto partem os valores após os descontos do governo. Os preços de referência são para São Paulo.
Dos 31 modelos, a reportagem encontrou os preços de 27 nos sites oficiais das montadoras. O Volkswagen Gol, que saiu de linha e não é mais produzido, não tem preço sugerido. Quem define o preço nesse caso é a concessionária que tem o veículo em estoque.
A picape Fiat Strada não tem preço sugerido disponível no site. Outros dois modelos que estão na lista, o Fiat Fastback e a Chevrolet Tracker, tem valores acima dos R$ 120 mil, linha de corte para o programa.
Veja a partir de quanto custam os modelos abaixo.
- Chevrolet Montana: R$ 118.690
- Chevrolet Onix: R$ 84.390
- Chevrolet Onix Plus: R$ 96.390
- Chevrolet Spin: R$ 104.540
- Citroën C3: R$ 62.990
- Citroën C4: R$ 100.990
- Fiat Argo: R$ 69.990
- Fiat Cronos: R$ 71.990
- Fiat Fiorino: R$ 111.990
- Fiat Mobi: R$ 58.990
- Fiat Pulse: R$ 89.990
- Hyundai HB20: R$ 69.990
- Jeep Renegade: R$ 115.990
- Nissan Kicks: R$ 115.290
- Novo Virtus: R$ 104.390
- Peugeot 2008: R$ 103.990
- Peugeot 208: R$ 62.990
- Peugeot Partner Rapid: R$ 98.781,10
- Renault Duster: R$ 104.590
- Renault Kwid: R$ 58.990
- Renault Logan: R$ 89.560
- Renault Oroch: R$ 115.900
- Renault Stepway: R$ 74.990
- Toyota Yaris: R$ 97.990
- Volkswagen Novo Polo: R$ 86.390
- Volkswagen Saveiro: R$ 94.490
- Volkswagen T-Cross: R$ 116.550
- Chevrolet Tracker*: R$ 127.690
- Fiat Fastback*: R$ 135.990
- Fiat Strada*: indisponível
- Volkswagen Gol*: indisponível
O programa
O desconto varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. No total, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa. Serão distribuídos assim:
- R$ 500 milhões para automóveis
- R$ 700 milhões para caminhões
- R$ 300 milhões para vans e ônibus
Quando atingir o R$ 1,5 bilhão, o programa será encerrado.
As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.
As empresas do setor que aplicarem o desconto na venda ao consumidor receberão um crédito tributário.
Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que o programa com desconto para compras de carros novos pode durar apenas um mês.
“Então veja, reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa”, declarou o presidente, na ocasião.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou que cerca de 100 mil a 110 mil automóveis e comerciais leves deverão usufruir dos descontos, antes do esgotamento dos créditos tributários disponibilizados pelo Ministério da Fazenda.
“Isso deverá ocorrer em pouco mais de um mês, ou seja, bem antes dos 4 meses de prazo estipulado pela MP 1175”, informou a Anfavea, em nota.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, foram utilizados, até o momento, R$ 150 milhões em créditos pelas montadoras, o que representa 30% do teto de R$ 500 milhões que poderão ser usados pelas empresas como crédito tributário para venda de carros mais baratos.