por: Douglas Santos – RD News
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, afirmou que o Dourado foi um dos grandes responsáveis por evitar um futuro triste da Arena Pantanal. O dirigente disse que se não fosse o clube auriverde nas disputas da Série A e Série B nos últimos seis anos, o estádio que foi inaugurado para a Copa do Mundo de 2014 estaria sucateado ou destruído.
“O grande legado é a sobrevivência da Arena Pantanal. Se não fosse o Cuiabá na Série A e Série B, a Arena Pantanal já estava uma sucata, destruída. Ela tem alguns problemas de manutenção, mas a permanência do Cuiabá trouxe bons feitos, como Copa América em plena pandemia, além de final da Supercopa e Copa do Mundo Feminina”,”, disse Cristiano Dresch em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nessa quinta-feira (09).
Desde a inauguração, em abril de 2014, a Arena Pantanal sediou mais de 500 partidas oficiais, entre competições nacionais e internacionais. Além disso, a praça esportiva foi palco do título do Mixto no Brasileiro Feminino A3, primeira conquista nacional a nível profissional de Mato Grosso. Outros feitos marcantes são jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa de 2026, Copa América 2021 e Supercopa do Brasil 2022, entre Atlético-MG e Flamengo.
“O Cuiabá colocou o estádio no cenário nacional. O Cuiabá passou a ser um clube muito respeitado, onde até as contratações são mais fáceis. Todos sabem da estrutura e qualidades do clube”, frisou o presidente.
No início de 2024, o Cuiabá passou a assumir a manutenção dos gramados da Arena Pantanal e de seus dois centros de treinamento. Conforme divulgado pelo próprio clube, o investimento foi de R$ 1,5 milhão apenas em maquinário. Antes, a diretoria contratava empresa terceirizada para realizar o cuidado dos campos do estádio, do CT do Dourado e do CT Manoel Dresch.
A despesa anual por parte da diretoria auriverde para manter a manutenção do gramado da Arena Pantanal girava em torno de R$ 300 mil.
Desempenho ruim em 2024
Em entrevista à Rádio CBN, o líder do Cuiabá fez um balanço geral do desempenho do clube em 2024. O Dourado acabou sendo rebaixado no Brasileirão e terá a disputa da Série B em 2025. Segundo o dirigente, a equipe mato-grossense alcançou um milagre ao ficar 4 anos seguidos na elite do futebol brasileiro.
“Temos que valorizar o que fizemos em 6 anos, sendo 2 anos na Série B e 4 na Série A. Ficar 4 anos na Série A, um clube como o Cuiabá, do estado do Mato Grosso, uma cidade relativamente pequena comparada às dos outros times, um time com pouco dinheiro, pouco apoio local, é praticamente um milagre, algo a ser muito valorizado. O que fizemos durante esses 6 anos é infinitamente maior do que o rebaixamento. Acho que a queda iria vir a qualquer momento, demorou até na visão de todos que entendem de futebol, então ficar quatro anos na elite foi um feito inédito, onde ninguém tem conseguido fazer isso, com exceção do Fortaleza, que tem uma ótima gestão. Então digo que foi um milagre ficar 4 anos na Série A com R$ 100 milhões por ano. É muito difícil”, destacou.
Cristiano Dresch comentou ainda sobre as fortes críticas que vem recebendo da torcida do Cuiabá. O gestor afirmou que não se importa com os comentários dos torcedores, uma vez que o time é independente quanto se trata de opinião externa.
‘Eu levo pancada desde 2009, quando o Cuiabá era conhecido como o time dos borracheiros que não iria virar em nada. Não me importo com críticas, graças a Deus somos um clube que tem uma independência da opinião externa. As maiores críticas que estamos recebendo são de torcedores dos outros clubes, que estão tristes e chateados que os times deles não vão vir mais aqui.
“O Cuiabá é muito novo para ter torcedores fiéis, mas temos alguns que são, onde se o Cuiabá estiver jogando bem, tem em torno de 15 mil pessoas no estádio, ou seja, uns 5 mil são aqueles fervorosos. Então essas críticas são de pessoas que ainda não entenderam que só o Cuiabá foi rebaixado. O torcedor do Flamengo que mora em Cuiabá também foi rebaixado, porque agora se ele tiver dinheiro terá que ir pro Rio de Janeiro assistir jogo”, concluiu Dresch.
Em 2025, o Cuiabá disputará quatro competições: Campeonato Mato-grossense, Copa do Brasil, além da Série B do Campeonato Brasileiro e Copa Verde. O principal objetivo do clube será justamente o retorno à elite do Brasileirão em 2026.