Dólar opera em baixa, enquanto mercado aguarda inflação dos EUA; Ibovespa sobe

Economia

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,14%, cotada a R$ 4,9078. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com perda de 0,13%, aos 120.410 pontos.

Por G1

O dólar opera em baixa nesta terça-feira (14), na expectativa pela divulgação da inflação de outubro nos Estados Unidos. O resultado é bastante aguardado pelos investidores porque pode dar sinais mais claros sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação ao futuro dos juros no país.

No cenário doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o volume de serviços em setembro. Naquele mês, o setor no Brasil caiu 0,3%.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, abriu em alta

Dólar

Às 09h03, o dólar caía 0,39%, cotado a R$ 4,8886. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,14%, depois de oscilar bastante durante o dia, vendida a R$ 4,9078. Com o resultado, passou a acumular quedas de:

  • 0,14% na semana;
  • 2,63% no mês;
  • 7,01% no ano.

Ibovespa

Às 10h10, o Ibovespa subia 0,65%, aos 121.188 pontos.

Na véspera, o índice fechou com leve queda de 0,13%, aos 120.410 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

  • recuo de 0,13% na semana;
  • alta de 6,42% no mês;
  • avanço de 9,73% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O grande destaque do dia é a divulgação da inflação dos Estados Unidos, que deve sair às 10h30. O mercado espera que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) apresente uma desaceleração no dado de outubro em relação a setembro.

Naquele mês, a inflação acumulada em 12 meses subiu 3,7% no país, enquanto a expectativa para outubro é de uma alta menos expressiva, de 3,3%.

Especialistas explicam que esse dado é muito aguardado porque deve servir como um direcionador para as próximas tomadas de decisão do Fed.

Em sua última reunião, na semana passada, o Fed optou por manter as taxas de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano. No entanto, o presidente da instituição, Jerome Powell, já destacou que novas altas nos juros podem ser necessárias para trazer a inflação de volta à meta, de 2,0% em 12 meses, e disse que um ciclo de queda nas taxas ainda está longe.

Segundo o banco norte-americano Goldman Sachs, o Fed só deve começar a cortar os juros no quarto trimestre de 2024. Até lá, os títulos públicos dos Estados Unidos, considerados os mais seguros do mundo, continuam chamando a atenção dos investidores por suas altas rentabilidades, o que leva a uma migração do capital estrangeiro para o país – beneficiando o dólar ante outras moedas.

No Brasil, o destaque fica com os números do setor de serviços, que caiu 0,3% em setembro, informou o IBGE nesta manhã. As expectativas eram de uma alta de 0,4%.

Também está no radar dos investidores o balanço corporativo do terceiro trimestre de 2023 divulgado pela Caixa Econômica Federal mais cedo. A empresa teve lucro líquido recorrente de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre, alta de 16,5% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado.

A margem financeira somou R$ 14,5 bilhões no período, avanço anual de 15,7%, com a carteira de crédito total avançando 11,7%, para R$ 1,09 trilhão.

Já o índice de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias caiu a 2,67% nos três meses encerrados em setembro ante 2,79% no segundo trimestre, mas subiu em relação ao 1,94% registrado um ano antes, pressionado pela linha de empresas.

Por conta do feriado de Proclamação da República que acontece nesta quarta-feira (15), o volume de negócios neste pregão pode ser reduzido no mercado brasileiro.