O quadrinista e escritor Peter David morreu no último sábado (24), aos 68 anos. A notícia foi confirmada por Kathleen O’Shea, esposa do autor, em seu perfil no Facebook. A causa da morte não foi divulgada, mas o artista tratava de problemas renais e de quadros de derrames nos últimos anos, inclusive organizando uma vaquina online para ajudar com os custos.
David ficou conhecido do grande público por seu trabalho na série O Incrível Hulk. Ele assinou os gibis do personagem por 12 anos, desenvolvendo elementos famosos do universo do personagem como o Hulk cinza e os dramas humanos de Bruce Banner.
A passagem dele pela série também marcou a estreia de personagens como os Thunderbolts, que recentemente ganharam uma adaptação para o cinema.
David começou na Marvel Comics nos anos 1980, começando pelo departamento de vendas. O seu primeiro hit na editora foi o argumento de A Morte de Jean DeWolff, uma das histórias mais famosas do Homem-Aranha e que viabilizaram a sua transição para o departamento criativo da empresa —e o trabalho com o Hulk.
Ele ainda assinaria gibis do Wolverine, do Homem-Aranha 2099 e do X-Factor nos anos 1980 e 1990 antes de se demitir em protesto contra a decisão da demissão do editor Joey Cavalieri. Ele passaria a trabalhar com a DC Comics, emplacando um primeiro sucesso em uma minissérie do Aquaman, As Crônicas de Atlântida —ele ajudaria a relançar o personagem naquela década.
No período ele também ficou famoso pelos quadrinhos de Star Trek que assinou pela editora, bem como pelo trabalho de anos com séries da Supergirl e da Justiça Jovem. Ele voltaria a colaborar com a Marvel nos anos 2000, participando de histórias do Capitão Marvel e do Quarteto Fantástico.
Nascido em Maryland, Peter David deixa a esposa e quatro filhos.