PF afirma que Daniel Silveira demorou dobro do tempo para ir para hospital

Política

por: Daniel Gullino— Brasília

A Polícia Federal (PF) afirmou, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-deputado Daniel Silveira demorou o dobro do tempo previsto para chegar a um hospital, quando foi atendido em dezembro. Silveira foi preso por desrespeitar medidas cautelares, mas sua defesa alega que ele apenas procurou atendimento médico.

Nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Silveira se manifestem sobre o documento.

No dia 20 de dezembro, Moraes concedeu liberdade condicional a Silveira, mas estabeleceu uma série de regras. No dia 24, ele voltou a ser preso, por ter descumprido uma dessas regras, a de que não poderia deixar de casa após às 22h.

A defesa do parlamentar afirmou que ele foi a um hospital em Petrópolis, onde mora, após sentir dores lombares. A PF identificou que ele de fato esteve no local, das 22h59 do dia 21 de dezembro até 00h37 do dia seguinte.

O relatório aponta, contudo, que o deslocamento de Silveira do condomínio onde estava, em Itaipava, até o Centro de Petrópolis durou cerca de 1h30, quando a média seria 43 minutos. Já o retorno durou 54 minutos.

“Das informações obtidas, é possível concluir que, Daniel Lúcio da Silveira gastou cerca de 1 hora e 30 minutos [de 21:32:29h a 22:59:00h] para fazer o deslocamento ao hospital, de cerca de 25km, o qual, de acordo com o GOOGLE demanda, em média, 43 minutos; já o deslocamento de retorno durou cerca de 54 minutos [de 00:37:11h a 01:31:47h]”, diz o documento.

Em petição apresentada na noite desta segunda, o advogado de Silveira, Paulo Faria, afirmou que “o relatório CONFIRMA todas as informações prestadas pela Defesa desde 22/12/2024, quando juntou documentos médicos aos autos, JUSTIFICANDO a necessidade de ida ao médico e urgência”.

De acordo com Faria, Silveira “foi buscar a esposa para acompanha-lo ao hospital, e posteriormente, a deixou no mesmo local e foi para sua casa, onde está registrado no sistema”.

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